108 residentes técnicos concluem atividades práticas em gestão da saúde pública 13/08/2025 - 18:40
Durante dois anos, 108 profissionais recém-formados em diversas áreas de graduação desenvolveram atividades práticas nos serviços de saúde do Estado, enquanto se especializavam em Gestão da Saúde Pública, em um curso de pós-graduação ofertado pela Universidade Estadual de Maringá (UEM). A conclusão desta segunda turma foi celebrada em uma solenidade, nesta quarta-feira (13), em Curitiba.
O evento realizado pela Secretaria de Estado da Saúde contou, com a participação de 65 residentes, além de familiares, supervisores e servidores da Sesa, Secretaria da Ciência, Tecnologia e Ensino Superior (Seti) e UEM. Para a primeira turma, a Saúde destinou R$ 7,5 milhões e agora, mais R$ 8 milhões na segunda, somando R$ 15,5 milhões.
A iniciativa faz parte do Programa de Residência Técnica (Resec), coordenado pela Seti. As atividades do curso de especialização foram realizadas na modalidade de educação a distância (EaD).
Os residentes atuaram nas Regionais de Saúde, Centro de Hematologia e Hemoterapia do Paraná (Hemepar), Centro de Medicamentos do Paraná (Cemepar), Central de Transplantes, Centro de Referência para Imunobiológicos Especiais (CRIE), Laboratório Central do Paraná (Lacen) e divisões da Secretaria de Estado da Saúde (Sesa).
“Esse encerramento é a consolidação de um trabalho de capacitação e aperfeiçoamento contínuo. Esses profissionais contribuíram com serviços prestados à população, promovendo integração e eficiência, fortalecendo a administração e as políticas públicas de saúde. O resultado é um SUS mais forte, mais moderno e mais próximo das pessoas”, afirmou o secretário de Estado da Saúde, Beto Preto.
Ao todo a residência contou com 2.880 horas práticas e 510 horas teóricas, sendo supervisionadas por 118 profissionais. Além da Capital, os participantes desenvolveram as atividades em outras 19 cidades: Apucarana, Campo Mourão, Cascavel, Cianorte, Cornélio Procópio, Foz do Iguaçu, Guarapuava, Irati, Jacarezinho, Londrina, Maringá, Paranaguá, Paranavaí, Pato Branco, Ponta Grossa, São José dos Pinhais, Toledo, Umuarama e União da Vitória.
Segundo o diretor de Ensino Superior da Seti, Michel Jorge Samaha, a residência técnica é um instrumento estratégico para fortalecer o serviço público estadual por meio da formação qualificada de novos profissionais.
“O governo estadual reafirma o compromisso com a capacitação continuada, integrando ensino, pesquisa e extensão para preparar profissionais capazes de atuar com excelência na gestão e na execução de políticas públicas, especialmente na área da saúde, onde a qualificação constante é fundamental para assegurar um atendimento de qualidade à população”, disse o gestor.
Entre os participantes está Daiymon Erik Calegari, de 35 anos, economista, que atuou no núcleo central da Sesa, no Setor de Regulação. Durante a residência, ele trabalhou na qualificação de filas de consultas especializadas, utilizando cruzamento de dados para priorizar o atendimento de pacientes no sistema E-Saúde. Seu trabalho de conclusão de curso foi intitulado “Gestão da demanda por neurologia pediátrica: Proposta de intervenção de filas no Estado do Paraná”.
Para Daiymon, a experiência foi enriquecedora. “Por não ser da saúde, aprendi muito e também pude ensinar bastante. Foi uma troca mútua. Como economista, agreguei novas ferramentas ao Setor de Regulação e compreendi todo o processo. O aprendizado, tanto nas aulas quanto na prática, foi essencial”, relatou.
PROGRAMA – A Restec de Gestão em Saúde Pública é resultado de uma parceria entre a Seti, a Sesa e a UEM, instituição de ensino superior responsável pelo curso de especialização.
Para além da capacitação de novos profissionais e da qualificação de servidores públicos, o programa é voltado para a melhoria dos serviços de saúde prestados à população paranaense. A segunda turma do programa começou em 2023, com 133 residentes.
“Este programa oferece uma formação prática e especializada que vai além do conhecimento teórico, permitindo que esse residente desenvolva habilidades como o planejamento, a organização, avaliação dos serviços, tomada de decisões baseadas em evidências que colaboram para o enfrentamento dos desafios da gestão e saúde pública”, afirmou a professora Edileuza de Fátima Rosina Nardi, coordenadora da Restec Gestão em Saúde Pública e professora do Departamento de Enfermagem da UEM.
Os programas de residência são considerados política pública de Estado, com amparo na Lei n.º 20.086/2019. Atualmente, são 1.102 residentes técnicos e 142 servidores públicos matriculados em nove programas nas áreas de cultura, desenvolvimento rural sustentável, economia rural, gestão pública, inovação, políticas de especialização produtiva, obras públicas, segurança pública e turismo.